Equipe econômica de Dilma virou um "saco de gatos"
Ninguém disse ainda, talvez por pena, quem sabe em respeito à curta duração do governo. Mas urge alardear:
Sob Dilma Rousseff, a equipe econômica converteu-se num vitoso saco de gatos. Os miados são dissonantes. As unhadas ocorrem sob refletores.
Na semana passada, falando a um grupo de 200 industrais, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acionou as garras contra a política cambial do “seu” governo.
Disse que, a pretexto de conter a inflação, Brasília abandonou a ideia de segurar o câmbio. Algo que destrói a industria nacional. Convidou a audiência a reagir.
Mais: confidenciou à platéia que não está só. Acompanham-no na divergência os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
Pois bem. Nesta terça (12), Coutinho voltou a miar fora do tom. Deu-se na China, em meio à viagem oficial da “chefe” Dilma Rousseff.
O mandachuva do BNDES repisou a tecla: o governo precisa ser mais tenaz no esforço para conter a sobrevalorização do Real frente ao dólar. Soou assim:
"Temos que utilizar nossas ferramentas disponíveis para mitigar a apreciação excessiva"...
“...Eu creio que o BC e o Ministério da Fazenda estão tentando fazer isso e acho que eles deveriam intensificar esse tipo de ação para impedir apreciação excessiva".
Coutinho não foi o único a reincidir na rebeldia. Sérgio Gabrielli, o presidente da Petrobras, também fez ressoar seus miados na China.
A despeito dos desmentidos dos pseudosuperiores hierárquicos Guido Mantega (Fazenda) e Edison Lobão (Minas e Energia), Gabrielli repetiu: o preço da gasolina pode tomar o elevador:
"Se o preço do petróleo ficar nesse nível que está hoje [mais de US$ 120 o barril], estável nesse nível, você vai ter de alterar [o preço da gasolina]”.
Por quê? “Nós estávamos trabalhando com [a cotação do barril a] US$ 65 a US$ 85”, disse Gabrielli.
Ele prosseguiu: "Que o preço vai ficar alto, parece que sim. O problema é o grau de variação que esse preço está tendo em torno de determinado patamar...”
“...Enquanto estiver variando muito, não tem como tomar decisão". Comparou a Petrobras a uma casa de repastos:
"O preço no menu do restaurante não aumenta porque o preço da carne subiu no dia. Leva um tempo pra mudar o preço da carne no prato".
Num governo com 39 ministérios e uma infinidade de estatais, é natural que ocorram divergências.
O desencontro de opiniões, além de normal, é salutar. O problema está no método.
O local adequado para a exposição das desarmonias é a sala de reuniões, não a praça pública.
Do modo como vem sendo exposto, o pensamento do governo torna-se biangular. As ideias são trapezóides. O diálogo é multidimensional. A gestão é estroboscópica.
Ou dona Dilma engaiola os gatos e põe ordem na casa ou ficará muito parecida com uma velha senhora: a mãe Joana.
Sob Dilma Rousseff, a equipe econômica converteu-se num vitoso saco de gatos. Os miados são dissonantes. As unhadas ocorrem sob refletores.
Na semana passada, falando a um grupo de 200 industrais, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acionou as garras contra a política cambial do “seu” governo.
Disse que, a pretexto de conter a inflação, Brasília abandonou a ideia de segurar o câmbio. Algo que destrói a industria nacional. Convidou a audiência a reagir.
Mais: confidenciou à platéia que não está só. Acompanham-no na divergência os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
Pois bem. Nesta terça (12), Coutinho voltou a miar fora do tom. Deu-se na China, em meio à viagem oficial da “chefe” Dilma Rousseff.
O mandachuva do BNDES repisou a tecla: o governo precisa ser mais tenaz no esforço para conter a sobrevalorização do Real frente ao dólar. Soou assim:
"Temos que utilizar nossas ferramentas disponíveis para mitigar a apreciação excessiva"...
“...Eu creio que o BC e o Ministério da Fazenda estão tentando fazer isso e acho que eles deveriam intensificar esse tipo de ação para impedir apreciação excessiva".
Coutinho não foi o único a reincidir na rebeldia. Sérgio Gabrielli, o presidente da Petrobras, também fez ressoar seus miados na China.
A despeito dos desmentidos dos pseudosuperiores hierárquicos Guido Mantega (Fazenda) e Edison Lobão (Minas e Energia), Gabrielli repetiu: o preço da gasolina pode tomar o elevador:
"Se o preço do petróleo ficar nesse nível que está hoje [mais de US$ 120 o barril], estável nesse nível, você vai ter de alterar [o preço da gasolina]”.
Por quê? “Nós estávamos trabalhando com [a cotação do barril a] US$ 65 a US$ 85”, disse Gabrielli.
Ele prosseguiu: "Que o preço vai ficar alto, parece que sim. O problema é o grau de variação que esse preço está tendo em torno de determinado patamar...”
“...Enquanto estiver variando muito, não tem como tomar decisão". Comparou a Petrobras a uma casa de repastos:
"O preço no menu do restaurante não aumenta porque o preço da carne subiu no dia. Leva um tempo pra mudar o preço da carne no prato".
Num governo com 39 ministérios e uma infinidade de estatais, é natural que ocorram divergências.
O desencontro de opiniões, além de normal, é salutar. O problema está no método.
O local adequado para a exposição das desarmonias é a sala de reuniões, não a praça pública.
Do modo como vem sendo exposto, o pensamento do governo torna-se biangular. As ideias são trapezóides. O diálogo é multidimensional. A gestão é estroboscópica.
Ou dona Dilma engaiola os gatos e põe ordem na casa ou ficará muito parecida com uma velha senhora: a mãe Joana.
Comentário meu: O Governo da Presidente Dilma nesse começo, deixa evidente a falta de sinergia entre os ministros. Tá virado na torre de babel. Ninguém se entende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário