Blog do Zé Carlos

Só saio daqui se me matarem, diz prefeito de plantão no Paiaguás
Laura Nabuco - Rdnews

      O prefeito de São José dos Quatro Marcos, João Roberto Ferlin (PT), está de "plantão" no prédio que abriga a extinta secretaria estadual de Infraestrtura (Sinfra), desmembrada entre as pastas de Cidades, sob Nico Baracat, e de Transporte e Pavimentação Urbana, sob Arnaldo Alves, para conseguir a liberação de um recurso que seria aplicado na construção de uma praça na cidade. "Eu não vou sair daqui sem esse dinheiro. Só se matar pra me tirar daqui", garante.

     Segundo o petista, a verba foi prometida em junho do ano passado, mas até agora a prefeitura só recebeu uma parte do dinheiro.

      A construção está orçada em R$ 450 mil, sendo R$ 300 mil de responsabilidade do Estado e R$ 150 mil de contrapartida do município. Até agora, entretanto, o Paiaguás enviou apenas R$ 50 mil. "A obra já está bem adiantada e eu não tenho como pagar a empreiteira. A prefeitura, inclusive, já bancou até mais do que o combinado", reclama.

     Indignado com a situação, o prefeito resolveu vir à Capital dar um fim ao problema. Até às 17 horas, entrentanto, horário em que o expediente é encerrado, ele ainda não havia conseguido ser atendido por Baracat. "Ele saiu daqui (secretaria) para resolver alguma coisa com o pessoal da AMM. Está todo mundo indo embora, mas eu não vou sair. Podem chamar a polícia, mas eu não saio", afirma.

     Ferlin alega que o problema com a verba da construção se intensificou quando a Sinfra foi desmembrada, no início da gestão Silval Barbosa (PMDB). "No ano passado alguém aqui mandou empenhar R$ 100 mil, mas o secretário de agora cortou esse valor pela metade. O pior é que nem essa metade ele pagou ainda", protesta. O prefeito justifica a pressa para a conclusão da praça devido a festa da padroeira da cidade, agendada para ocorrer dia 1º de maio.   

Comentário meu: A que ponto chegamos! Se a moda pega vai ter caravana de prefeitos acampandos na frente das secretarias do governo para receberem convênio assinados na gestão do ex-governador Blairo Maggi. Dá pena ver a herança que o ex-governador deixou para o Silval Barbosa. O calote está correndo solto.