Comissão de Ética pede suspensão de Serys por 4 meses e adverte 3
Carlos Abicalil orienta comissão de Ética a punir Serys e outros rebeldes por não terem apoiado sua candidatura
A comissão de Ética do PT conclui neste final de semana um relatório, que pedirá a suspensão do partido da ex-senadora Serys Marly por 4 meses e advertência por escrito para três pessoas, sendo elas o vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, a secretária-adjunta de Justiça e Direitos Humanos Vera Araújo e Eroisa de Mello. Composta por cinco membros e sob a presidência de Amilton Amaral, ex-secretário de Educação de Novo Horizonte do Norte, a comissão entende que há provas cabais sobre a prática de infidelidade partidária desses petistas em relação à candidatura derrotada de Carlos Abicalil ao Senado. Ao invés de fazerem campanha para o colega de sigla, eles preferiram apoiar outros concorrentes, como o pedetista Pedro Taques, que garantiu cadeira junto com Blairo Maggi (PR).
Em princípio, a orientação de Abicalil, que renunciou à direção estadual do PT e hoje está praticamente morando em Brasília, seria pela expulsão de Serys, derrotada à deputada federal. Preocupado, o grupo da ex-senadora se articulou junto à Nacional para ou anular o processo ou evitar qualquer tipo de punição. O comando nacional não barrou o trabalho da comissão, mas avisou que Serys não pode ser expulsa. Diante disso, a comissão vai apresentar relatório pela suspensão temporária dela da legenda. O documento será votado no final de semana seguinte pelo diretório estadual, composto por 47 membros.
Para muitos petistas, receber punição por infidelidade partidária é algo considerado "grave". Diante disso, todos devem recorrer da decisão. Serys e Abicalil travaram uma briga no decorrer da campanha que trouxe prejuízos irreparáveis ao partido, tanto que nenhum dos dois se elegeu e, o pior, a agremiação saiu menor das eleições em número de ocupação de cargos eletivos. De duas cadeiras na Assembleia, só assegurou uma, com a reeleição de Ademir Brunetto. Na Câmara, elegeu Ságuas Moraes, mas esteve deve perder a vaga para o tucano Nilson Leitão por causa da decisão do Supremo de validar a Lei da Ficha Limpa somente a partir do próximo ano, o que provocou validação de votos sub judice.
Serys será punida por ter apoiado publicamente Taques em detrimento de Abicalil. Pesa contra Lúdio, Verinha e Eroisa o fato de não terem feito campanha para o então candidato majoritário, pois não inseriram o nome do ex-deputado em material impresso. Verinha argumentou que na época Abicalil demorou para fornecer material para a gráfica e, por causa disso, ela elaborou santinhos e outras propagandas de sua candidatura sem o nome do colega. O argumento não convenceu a comissão.
O ex-vereador Juca Lemos também deve ser punido. Ele foi um opositor duro à candidatura de Abicalil. Cabe ao diretório de Rondonópolis julgá-lo. Já o diretório de Cuiabá decidiu por inocentar da acusação de infiel partidária a servidora da Eletronorte, Juscimaria Ribeiro da Cruz, a Jusci, que obteve 10.563 votos na disputa à deputaa estadual.
Comentário meu: A recém postei um comentário meu no blog com a relação a punição da ex-senador Serys. Essa comissão que "julgou" a Serys é tão séria que uma semana antes de entregar o relatório, a mídia inteira e todo mundo de Mato Grosso já sabia o resultado. Lamentável esse vazamento, mas não se pode esperar muito de uma comissão direcionada e parcial. O ex-deputado Abicalil nomeou seus Kamikazes para destronar a ex-senadora. Se a executiva nacional do partido não houvesse intervido, esse fajuto relatório encomendado, seria bem pior. Basta ler com atenção a matéria acima, do RD News, para ver tamanha safadeza que estão fazendo com a ex-senadora Serys. O Abicalil mesmo mamando nas tetas do governo federal, afinal não se pode ficar fora, dá as cartas no PT de Mato Grosso. O presidente desta comissão, pessoa que conheço e sempre admirei, parece que perdeu o sentido da ética e independência há algum tempo, a começar pelo concurso público realizado em Novo Horizonte do Norte que foi anulado pela justiça, por fraude, no qual o mesmo era coordenador. É uma pena. Em tempo, nao sou petista.
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