segunda-feira, 2 de maio de 2011

EUA eliminam Bin Laden com operação "de precisão cirúrgica"



O inimigo número um dos Estados Unidos, Osama bin Laden, morreu neste domingo nas cercanias de Islamabad em uma operação "de precisão cirúrgica" realizada por alguns agentes americanos, informaram altos funcionários que descreveram as circunstâncias sob a condição do anonimato.

Na operação, que durou apenas 40 minutos desde a chegada dos americanos ao local até sua partida, morreram cinco pessoas, incluindo Bin Laden: quatro homens e uma mulher, explicaram as fontes.

Por sua vez, fontes do Congresso informadas pela Casa Branca e citadas pelos meios americanos disseram que Bin Laden morreu com um tiro na cabeça enquanto resistia com armas a sua captura.

Depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou esta noite a morte de Bin Laden e assegurou que "a justiça foi feita", os altos funcionários disseram que os serviços de inteligência americanos sabiam há anos que o líder da rede terrorista Al Qaeda se fiava especialmente em um de seus seguidores e se suspeitava que vivia com ele.

Em novembro, os agentes descobriram que este seguidor morava em um complexo residencial, avaliado em mais de um milhão de dólares, em Abbottabad, um enclave de luxo nos arredores de Islamabad.

O complexo contava com duas portas de segurança e muros de três metros de altura coroados com arame farpado e foi construído especificamente para abrigar um alvo de alto valor, acrescentaram as fontes, indicando que à medida que a CIA se centrava nesse edifício mais provável considerava que se tratasse do próprio Bin Laden.

No final de abril se contava com a certeza de que Bin Laden e sua família se refugiava nesse lugar.

Durante a última quinzena de abril, explicaram as fontes, se constatou que o dirigente terrorista não deixava o complexo.

Obama deu a ordem de atacar na sexta-feira passada, 29 de abril. Os EUA não compartilharam os dados de inteligência sobre o paradeiro de Bin Laden com nenhum outro país, nem sequer com o Paquistão, por questões de segurança, explicaram.

"Era essencial para manter o segredo e a segurança da operação", disseram as fontes, precisando que o Governo americano informou "a posteriori", mas imediatamente dos resultados da operação às autoridades paquistanesas e aos aliados americanos.

"Sempre deixamos claro às autoridades paquistanesas que estamos em guerra com a Al Qaeda e que perseguiríamos Bin Laden onde estivesse", explicaram os altos funcionários, destacando que os EUA mantiveram "o maior dos cuidados" em atuar dentro da legalidade internacional.

Hoje, um "pequeno grupo americano", segundo as fontes, penetrou no complexo onde estava o terrorista mais procurado do mundo.

A operação durou cerca de 40 minutos. Os americanos, que chegaram ao complexo em helicóptero, não encontraram forças de segurança locais.

Ao entrar no complexo aconteceu um tiroteio, que resultou na morte de Bin Laden, um de seus filhos homens adultos e outros dois homens, supostamente seguidores. Morreu também uma mulher, que um dos homens quis usar como escudo humano, e outras duas ficaram feridas.

Após a operação, os agentes deixaram o lugar novamente em helicóptero.

"Foi uma operação de precisão cirúrgica, realizada por uma equipe pequena, para minimizar o dano a civis presentes no complexo ou a vizinhos", sublinharam as fontes.

O grupo de americanos levou o corpo de Bin Laden, que ficou sob custódia deste país.

Os altos funcionários destacaram que os restos mortais do terrorista foram tratados segundo os costumes islâmicos.

"Trata-se da maior vitória dos EUA em dez anos de luta contra Al Qaeda e com o desaparecimento de Bin Laden começará o caminho do declive para esta organização, que será difícil que possa reverter", disseram as fontes.

"Bin Laden era o único comandante, o supremo, da organização, e o único líder da organização cuja autoridade contava com o respeito universal entre suas filas",


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