segunda-feira, 25 de julho de 2011

Após alerta de ministro sobre VLT, governador decide implantar o BRT
Romilson Dourado




O governador Silval Barbosa recua novamente sobre modal e opta pelo BRT, após alerta do ministério das Cidades

   O governador Silval Barbosa (PMDB) decidiu que vai mesmo implantar o modal BRT na Grande Cuiabá, ao invés do VLT, retomando o projeto original. Ele bateu o martelo após receber alerta do ministro das Cidades Mário Negromonte, com quem esteve reunido na semana passada. O curioso é que a Agecopa, responsável por tocar os projetos preparativos para Cuiabá sediar o Mundial de 2014, já havia anunciado oficialmente a escolha pelo VLT, depois que uma comitiva conheceu em Portugal o funcionamento do modal.

   Preocupado com o custo elevado das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), algo em torno de R$ 1,1 bilhão, Silval pediu socorro ao ministro, que abriu uma brecha na agenda para atendê-lo, em Brasília. Negromonte deixou claro que o ministério só daria chancela para o governo mato-grossense obter os R$ 451 milhões de recursos se a opção do modal for pelo Bus Rapid Transit (BRT). Lembrou que esta foi uma das exigências da Fifa. Alertou que o Estado, se insistir no VLT, poderia correr o risco de não implantar o projeto, o que comprometeria Cuiabá como uma das 12 sedes da Copa de 2014. Segundo o ministro, a pasta das Cidades só está autorizada a liberar recursos para o BRT.

   Diante disso, Silval vai anunciar nos próximos dias a escolha do BRT. Como trata-se de uma proposta em discussão desde o início, a Agecopa até já pagou pelo projeto básico de mobilidade urbana, feito pela Oficina Engenheiros Consultores Associados. O blog teve acesso aos dados. São 25 páginas. O documento traz análise dos custos operacionais de duas soluções tecnológicas (BRT e VLT) para os dois principais eixos de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande: o CPA-Aeroporto e o Coxipó-Centro.

     Custo operacional

     De acordo com os dados, o custo operacional do BRT, considerando o mix de linhas que nele operarão, acrescido do custo de operação e manutenção das estações, chegará a R$ 42,3 milhões por ano, ou R$ 3,5 milhões mensais. Se fosse pelo VLT, o custo operacional seria de R$ 65,7 milhões (R$ 5,4 milhões/mês). O documento revela, em detalhes, os terminais. Destaca que as linhas troncais devem operar de forma integrada com outras linhas que as alimentam nos terminais de integração (André Maggi, CPA e Coxipó), além de outras integrações que possam ocorrer por meio do sistema de bilhetagem, especialmente na área central.

    No caso da viagem integrada, o passageiro pagará a tarifa no primeiro veículo que utilizar. Os valores estimados pelo estudo de demanda apontam um grau de integração nessas linhas de 40%, ou seja, do total de embarques que nelas devem ocorrer, 60% seriam efetivamente contribuintes da receita do serviço.

Comentário meu: O Governo Silval Barbosa, mostra-se confuso e dúbio. A cada dia muda a decisão quanto ao modal de transporte a ser adotado para a copa de 2014. O Governador está a mercê do Deputado Riva. Vem chumbo grosso aí. 

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